Há dias assim: e hoje, é dia de NÃO recomendar, antes pelo contrário.
Os hoteleiros - como todos os outros profissionais, na sua área - são chatos como tudo quando toca a serviço. E reparam em tudo, tecendo, com o seu sentido crítico - até porque têm a mania que percebem da coisa -, as mais variadas considerações.
O Richard's está implantado junto aos campos de futebol do Clube TAP, por trás do Batalhão de Sapadores Bombeiros, ali para os lados do aeroporto. E começa logo por levantar dúvidas quanto à cozinha que persegue: cá fora, em letras gordas pintadas na parede, diz que é Restaurante Grill. E lá dentro, na carta, temos entre outras carnes para grelhar, a picanha, a maminha, e outras brasileirices. Depois, a um canto, tem uma espécie de balcão de sobremesas onde, imagine-se, se oferece Sushi e outros acepipes da cozinha Japonesa. Pratos do dia recomendados: Polvo à Lagareiro e Filetes de Linguado acompanhados com batatas e legumes cozidos.
Depois de uma pequena conferência, a escolha dos seis comensais foi o belo Polvo. Pergunta de um dos dois brasileiros que, diligentes, nos serviam: "Seis dósis dji pôlvo?"
Ao que alguém respondeu: "Fica ao seu critério: acha que são necessárias seis?"
Resposta rápida do nosso interlocutor: "É mélhôr ás seis, porqui o pôlvo, áqui, não é muito bém sérvido".
Estamos conversados quanto à capacidade que o rapaz demonstra para as vendas (se o patrão ouvisse ía concerteza adorar).
Já agora, uma das coisas que mais me irrita no serviço de restaurante (até em casa refilo), é que os pratos se vão levantando à medida que cada pessoa vai terminando, em vez de esperar que toda a gente acabe a refeição. Muito menos gosto que quase me tirem o prato da frente. Pois nesse aspecto, os moços mostraram uma rapidez e eficiência extraordinárias.
Devo dizer que não considero € 15,00 por pessoa um preço exorbitante, mas que o achei caríssimo face ao que me foi dado constatar. Até porque, para lá do polvo, comemos pãozinho com azeitonas e bebemos um cafézinho (à benfica: fraquinho, fraquinho!) no fim.
E para que neste "post" nem tudo seja negativo, há que dizer que o polvo até nem estava mal confeccionado, e contrariamente ao que o brazuca afirmou, as doses tinham substrato suficiente para um comensal dito normal como a imagem documenta. Ninguém tem é culpa que ali se tivessem sentado seis alarves como nós.
Há duas palavras que, juntas, me causam alguma repugnância em usar: trata-se de NUNCA MAIS, porque tenho para mim que nunca mais é muito tempo. Mas não fiquei com saudades, lá isso não...
(No início do mês de Dezembro tive oportunidade de conhecer uma casa no Bairro Alto que se chama "A Tasca do Manel", de onde saí completamente maravilhado com o que foi servido - comi dos pratos de toda a gente. Não é que tenho marcado um jantar para lá, no próximo dia 29? E nem fui eu que me lembrei. É o que faz dar-me com gente que gosta disto tanto ou mais que eu.)
4 comentários:
veremos se a tasca do Manel é de facto tão boa como voces dizem
Fraquinho, fraquinho, como o Benfica tudo bem agora chamar-me alarve... também é verdade, gosto de comer e ali teve de ser rápido pois tive medo que me tirassem o prato!!!!!
O senhor revela uma creactividade muito fraquinha e devo dizer-lhe que o discurso "tipo gato fedorento" já enjoa. Além disso o senhor revela um comportamento xenófobo em relação ao povo brasileiro que pessoalemnte tenho uma rel~ção exremamente boa, portanto condeno as suas xenofobias.
Em relação ao restaurante, devo dizer-lhe não tenho razões de queixa já lá fui muitas vezes
e gosto e já agora sugitro que prove o piano, porque é excepcionalmente bom.
Críticas são bem vindas, mas tudo depende da maneira como são expostas.
Muitas desculpas por só agora estar a responder, mas não me apercebi de tão nobre comentário ao meu post sobre o Richard's (e face a tão largo lapso de tempo, receio que o seu autor não venha a lê-lo). Duas notas, no entanto:
1. Já voltei ao Richard's e, infelizmente, a primeira impressão manteve-se: o serviço deixa mesmo muito a desejar (deve ter reparado que considerei a refeição bem confeccionada, pelo que não era isso que estava em causa;
2. Já me acusaram de muitas coisas mas nunca de xenófobo, característica que, sinceramente, julgo não ter, razão pela qual dispenso a sua "condenação".
Quanto às considerações que faz sobre a minha "creactividade" (sic), registo com pena que não o terei como leitor fiel um dia que venha a editar um livro, mas no meu blogue escrevo o que quero, como quero, para quem o quiser ler. Além do mais, não fui que o chamei para aqui.
Cumprimentos.
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